Por Alessandra:Tudo Sobre Esmaltes

Esmaltes

No âmbito da arte ou da técnica, o esmalte, ou esmalte vidrado é um material obtido pela fusão de vidro em pó com um suporte através do aquecimento em forno, normalmente entre 750 e 850ºC. O pó é fundido, escorre, e endurece depois na forma de um revestimento vítreo de grande durabilidade. O suporte é geralmente um objecto em metal, vidro ou cerâmica, embora o uso do termo esmaltagem seja normalmente restrito ao trabalho em metal, que é o objecto deste artigo. A aplicação em cerâmica recorre ao termo vidrado. Os produtos derivados da aplicação são plenos compostos laminados de vidro e metal. A palavra esmalte tem origem na palavra germânica smelzan por via do francês arcaico esmail.[1] Usado como substantivo, um "esmalte" ou "esmaltado" é normalmente um pequeno objecto decorativo, coberto por um revestimento de esmalte. A esmaltagem é uma técnica antiga e largamente adoptada, principalmente usada nos ramos da joalharia e artes decorativas ao longo da sua história, mas desde o século XIX aplicada em vários produtos de fabrico em série e de uso quotidiano, sobretudo recipientes de cozinha.

No antigo Egipto era aplicada esmaltagem na cerâmica e objectos de pedra e, por vezes, em joalharia embora neste último aso menos frequentemente que nas restantes culturas da antiguidade do Médio Oriente. Os gregos antigos, celtas, georgianos e chineses também usaram esmalte em objectos de metal.[2] O esmalte era também usado na decoração de recipientes de vidro durante o Império Romano, e existem indícios deste facto já durante o final da República e o início do período imperial no Levante, Egipto, Bretanha e no Mar Negro. Estima-se que a produção tenha atingido o seu auge durante o período claudino, perdurando por mais três séculos,[3] embora os testemunhos arqueológicos desta técnica se limitem a cerca de quarenta vasilhas ou fragmentos de vasilhas.[3]
O pó para esmalte podia ser obtido de duas formas: quer através da pulverização de vidro colorido, quer pela mistura de pó de vidro incolor com pigmentos como óxidos de metais.[4] Os desenhos podiam ser executados à mão ou por cima de incisões de contorno, tendo tido a técnica origem provável no trabalho em metal.[3] Uma vez pintados, os recipientes de vidro estanhados necessitavam de ser aquecidos a uma temperatura suficientemente alta para derreter o pó aplicado, mas não tão alta que fundisse o próprio suporte.
O esmalte teve o seu auge na história da arte Europeia durante a Idade Média, tendo início no declínio do Império Romano e com os bizantinos, que começaram a usar cloisonné em esmalte como imitação da mesma técnica com pedras preciosas. Este método foi amplamente adoptado pelos bárbaros da Europa do norte. Os Bizantinos desenvolveram a técnica, através da aplicação de formas mais livres no cloisonné de modo a criar imagens, o que também seria copiado na Europa ocidental. A técnica do champlevé era consideravelmente mais fácil, e amplamente praticada durante o período românico. Durante o gótico, os trabalhos de maior riqueza artística resultam das técnicas de Basse-taille e ronde-bosse, embora trabalhos em champlevé tenham continuado a ser produzidos em grande número para um mercado maior.
A partir de Bizâncio ou do mundo Árabe, o esmalte chegaria à China entre os séculos XIII e XIV. A primeira menção escrita encontra-se num livro de 1388, onde é designada por Louça Dashi (Muçulmana). Não é conhecida nenhuma peça chinesa claramente do século XIV, e os exemplares datados mais antigos são contemporâneos do Imperador Xuande (1425-35), embora o uso erudito de estilos chineses sugere que já possuíam uma experiência considerável com a técnica. Permaneceu bastante popular na China até ao século XIX, e ainda hoje é produzido. As peças de maior riqueza artística e valor comercial datam do início da dinastia Ming, em particular dos reinados dos imperadores Xuande e Jingtai (1450-57).[5] O Japão também produziu grande quantidade de esmaltados de elevada qualidade técnica a partir de meados século XIX.[6]
No período contemporâneo, o estanho tem sido escolha preferencial para designers de joalheria e peças decorativas, como os ovos de Fabergé, as caixas de cobre esmaltadas dos esmaltadores de Battersea, e artistas como George Stubbs e outros pintores de miniaturas, sendo também uma técnica preferida na joalharia da Arte Nova.
O esmalte foi inicialmente aplicado de forma industrial em folhas de ferro e aço na Áustria e Alemanha por volta de 1850. O processo de industrailização cresceu à medida que aumentou a pureza dos materiais em bruto e diminuíram os custos de produção. O processo de aplicação a húmido teve início com a descoberta do uso da argila de modo a criar uma suspensão de frita em água. Nos desenvolvimentos que se seguiram durante o século XX contam-se o aço de grau de esmaltagem, preparação de superfície apenas com limpeza, automação e melhorias em curso em termos de eficiência, performance e qualidade.











[Fonte] http://pt.wikipedia.org/wiki/Esmalte
[Fonte das imagens ] google.com

Um comentário: